A aptidão de um pai para cuidar de filhos pequenos está associada ao tamanho dos testículos, sugere um estudo publicado na edição online da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os investigadores concluíram que indivíduos com testículos menores tendem a colaborar mais em tarefas como a troca das fraldas, a alimentação ou o banho.
Os autores, três cientistas da Universidade de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos também encontraram diferenças entre as imagens funcionais dos cérebros dos pais a quem foi pedido para olhar para fotos dos filhos. Os homens com gónadas de tamanho menor tendiam a reagir mais intensamente perante as imagens das suas crianças do que os indivíduos com testículos maiores.
A equipa norte-americana pediu a 70 casais que vivem sob o mesmo tecto, e que têm filhos com idades de um a dois anos, para preencherem um questionário sobre a partilha de tarefas parentais. Quem dá a sopa? Quem se levanta quando o bebé chora?, etc. Os casais atribuam a perguntas como estas uma pontuação de um a cinco, na qual um significa que a mãe era quase sempre a cuidadora e o valor cinco indica que o pai arcava com a maior parte do trabalho. Depois os cientistas mediram os testículos dos participantes utilizando imagens de ressonância magnética. A equipa descobriu que quanto maior era o volume testicular, menores eram os valores obtidos no questionário sobre a divisão de tarefas.
Por isso, os autores consideraram o tamanho das gónadas masculinas como um indicador da quantidade e da qualidade do esperma produzido – algo que não é consensual na comunidade científica. Esta linha de raciocínio, com raízes na biologia evolutiva, implicaria que os homens dotados de grandes testículos estariam mais interessados em fecundar mulheres do que as ajudar a criar os bebés.
Sitiografia:http://www.publico.pt/ciencia/noticia/tamanho-dos-testiculos-associado-a-capacidade-dos-pais-cuidarem-de-criancas-1605438
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