sexta-feira, 30 de maio de 2014

Pílula feita com bactérias de fezes pode combater infecções intestinais

Unidade 3 - Imunidade e controlo de doenças

Novas pílulas de gel contendo bactérias das fezes podem ajudar a tratar infecções intestinais graves e substituir transplantes fecais no futuro, segundo pesquisadores canadenses. Esses comprimidos contêm micro-organismos da flora intestinal de pessoas saudáveis e foram testados com sucesso em 27 pacientes com infecção por Clostridium difficile que já haviam sofrido pelo menos quatro ataques e recaídas e usado antibióticos fortes, sem resultado.

"Não há fezes restantes, apenas bactérias das fezes. Essas pessoas não estão comendo cocô, e não há arrotos com mau cheiro, porque o conteúdo não é liberado até que ele esteja bem além do estômago", explica Louie.
Segundo o médico Thomas Louie, da Universidade de Calgary, em Alberta, há um banco de doadores – geralmente parentes do doente – de onde as bactérias "do bem" são retiradas, processadas em laboratório e embaladas em cápsulas de gel triplamente revestidas, para que o conteúdo não se dissolva no organismo até que chegue ao intestino.
As pílulas também precisam estar "frescas", para que não se dissolvam em temperatura ambiente, já que seu teor de água pode romper o revestimento de gel. Dias antes de o tratamento começar, os pacientes recebem um antibiótico. Na manhã anterior à primeira ingestão, eles ainda fazem uma lavagem no ânus, para que as bactérias normais possam então começar a agir no intestino grosso.
Ao todo, são necessárias de 24 a 34 cápsulas, e nenhum dos pacientes analisados teve recaída por Clostridium difficile depois disso.

Sitiografia:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/10/pilula-feita-com-bacterias-de-fezes-pode-combater-infeccoes-intestinais.html

Bactéria encontrada na atmosfera pode gerar energia

 Unidade 3 - Imunidade e controlo de doenças

Bacillus stratosphericus é o nome de uma bactéria rara na superfície terrestre, mas comumente encontrada em porções mais altas de nossa atmosfera. Ela se concentra numa altura superior a 32 quilômetros, na região conhecida como estratosfera. Cientistas da Universidade de Newcastle descobriram que esse microorganismo pode ser o componente principal de um novo tipo de gerador de energia. O estudo foi publicado na revista Journal of Environmental Science and Technology.

O uso de micróbios para gerar energia elétrica não é novo – eles já foram usados em estações de tratamento de água e esgoto. Para isso, os cientistas ligam as bactérias em um biofilme, uma espécie de superfície onde elas ficam grudadas umas as outras. Esse biofilme cobre elétrodos de carbono, criando um mecanismo chamado de Célula Combustível Microbiana. Conforme as bactérias se alimentam de matéria orgânica, elas produzem elétrons que passam para os eletrodos e geram energia.

Até agora os biofilmes eram produzidos com bactérias aleatórias. Com o estudo da Universidade de Newcastle, é a primeira vez que cientistas manipulam seus componentes para aumentar a produção de energia. Os cientistas isolaram 75 espécies diferentes de bactérias e testaram a geração de energia de cada uma em separado.

Ao escolher as melhores, eles acabaram criando uma espécie de mistura bacteriana e aumentaram a potência elétrica do biofilme de 105 Watts por metro cúbico para 200 Watts por metro cúbico. Embora ainda seja baixo, será suficiente para acender uma lâmpada elétrica e providenciar energia para locais sem fontes energéticas.

A bactéria que mais se destacou na mistura foi justamente a Bacillus stratosphericus, que foi retirada de um rio britânico, depois de ser trazida à Terra como resultado de processos atmosféricos. Os cientistas dizem que ficaram surpresos com a descoberta e que pretendem pesquisar outros microrganismos. Afinal de contas, ainda existem bilhões de micróbios por aí para serem analisados

Sitiografia: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI296546-17770,00-BACTERIA+ENCONTRADA+NA+ATMOSFERA+PODE+GERAR+ENERGIA.html

Bactérias podem ser chave para perda de peso, diz estudo chinês

Unidade 3 - Imunidade e controlo de doenças
Na busca constante por soluções efetivas para o problema da obesidade, cientistas chineses estão estudando o impacto de certas bactérias sobre o peso da pessoa.


A equipe disse que alterar os tipos de bactérias encontradas nas vísceras pode trazer mais resultados do que simplesmente reduzir calorias.

Segundo estatísticas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde, mais de 1,4 bilião de adultos com idade a partir de 20 anos estavam acima do peso em 2008.

Destes, 200 milhões de homens e 300 milhões de mulheres foram classificados como obesos. E os índices continuam crescendo - eles dobraram desde 1980.

Testes com ratos em laboratório identificaram uma associação entre bactérias e obesidade, mas experimentos com humanos ainda estão em fase inicial.
Sitiografia: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2014/04/29/bacterias-podem-ser-chave-para-perda-de-peso-diz-estudo-chines.htm

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Vacinação contra vírus do cancro do colo do útero fez desaparecer lesões pré-cancerosas

 Unidade 3 - Imunidade e controlo de doenças

A vacinação contra o vírus do papiloma humano, principal responsável pelo cancro do colo do útero, parecia não servir para tratar lesões pré-cancerosas já instaladas. Cientistas mostraram agora que não é bem assim.


Os resultados preliminares de um pequeno ensaio clínico mostram que, nalgumas mulheres com lesões pré-cancerosas do colo do útero, um tratamento à base de vacinas experimentais contra o vírus do papiloma humano – o HPV, responsável pela grande maioria destes cancros – consegue desencadear uma resposta imunitária capaz de fazer regredir totalmente as lesões.

Os autores do estudo, que publicaram os seus resultados na última edição da revista Science Translational Medicine, esperam que a vacinação terapêutica venha um dia a substituir o actual tratamento deste tipo de lesões, que consiste na sua remoção cirúrgica de forma a impedir que evoluam para uma forma maligna.
Actualmente, as vacinas comercializadas contra o HPV destinam-se a prevenir a infecção do organismo humano por este vírus sexualmente transmissível, nomeadamente nos jovens que ainda não iniciaram a sua vida sexual activa. Porém, essas vacinas não funcionam como tratamento nas pessoas que já foram infectadas quando, através de um esfregaço vaginal de rotina, lhes é detectada uma lesão pré-cancerosa.
Até aqui, foram testadas diversas vacinas experimentais destinadas a tratar as lesões pré-cancerosas já instaladas, mas sem resultados convincentes. Em particular, os especialistas não conseguiram detectar, no sangue das pessoas vacinadas, alterações do sistema imunitário que indicassem sequer que o seu organismo estava a ser estimulado a lutar contra o vírus.

Mas agora, no seu ensaio clínico, em vez de se limitar a analisar o sangue, Cornelia Trimble, da Universidade Johns Hopkins (EUA), e colegas optaram por ir ver, mesmo no interior do tecido lesionado, se a vacinação estaria a surtir algum efeito “escondido”. E descobriram pela primeira vez que algo de significativo estava de facto a acontecer.

Os cientistas vacinaram 12 mulheres que apresentavam lesões pré-cancerosas, ditas "de alto grau", do colo do útero. Todas essas lesões estavam associadas à estirpe do vírus HPV16 – que juntamente com a estirpe HPV18, causa a grande maioria dos cancros do colo do útero.

Diga-se de passagem que as lesões pré-cancerosas de grau inferior podem desaparecer espontaneamente, sem cirurgia – e basta, numa primeira fase, vigiá-las. Mas 30% a 50% das lesões de alto grau dão origem a cancros invasivos – e como não há maneira prever quais o irão fazer, é preciso removê-las em todos os casos.

Três injecções
A equipa utilizou duas vacinas. Uma delas, feita à base de moléculas de ADN, provoca a produção pelo organismo de uma proteína específica do vírus HPV16 presente na superfície das células pré-cancerosas – incitando assim, em princípio, o sistema imunitário das participantes a reconhecer essas células como “inimigas”. A outra vacina, feita à base de um vírus vivo, mas não infeccioso, é capaz de detectar e matar as células pré-cancerosas que apresentam à sua superfície quer a já referida proteína do HPV16, quer uma outra, proveniente do HPV18.

Ao longo de oito semanas, a primeira vacina foi utilizada duas vezes (logo no início e a meio do tratamento), enquanto a segunda vacina foi administrada uma única vez no fim. Um grupo de seis participantes recebeu uma dose alta desta segunda vacina, enquanto outros dois grupos, de três participantes cada, receberam doses diferentes mas mais fracas, escrevem os cientistas. Sete semanas a seguir à terceira injecção (com a segunda vacina), todas as lesões foram removidas cirurgicamente e analisadas.

Os cientistas constataram, em primeiro lugar, que em cinco das mulheres – três das seis vacinadas com a dose mais alta da segunda vacina e uma em cada um dos dois grupos tratados com doses inferiores – as lesões tinham desaparecido. E ainda que as mulheres vacinadas a quem fora removido tecido lesionado após essas 15 semanas apresentavam, no interior das lesões, um significativo aumento dos níveis de linfócitos CD8 – as células “assassinas” do sistema imunitário.

Pelo contrário, nas amostras de sangue, também colhidas junto de todas as participantes, essa alteração não foi detectada com a mesma intensidade. Outros indicadores da activação do sistema imunitário também foram observados nas células do colo do útero de três das mulheres vacinadas. Até hoje, nenhuma das mulheres (a primeira foi vacinada em 2008 e a última em 2012) tornou a desenvolver lesões.

“Encontrámos alterações notáveis do sistema imunitário dentro das lesões, que não eram tão óbvias no sangue das doentes”, diz Trimble, citada em comunicado da Universidade Johns Hopkins.

Os cientistas tencionam recrutar mais uma vintena de voluntárias para testar uma combinação das duas vacinas com um creme aplicado directamente nas lesões, destinado a reforçar localmente a resposta imunitária. 
 
Sitiografia: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/vacinacao-contra-virus-do-cancro-do-colo-do-utero-fez-desaparecer-lesoes-precancerosas-1622182

Em 50 médicos, 20 prescreveram antibióticos sem ser necessário

Unidade 3 - imunidade e controlo de doenças

Estudo da Deco conclui que “a prescrição desadequada de antibióticos continua em níveis preocupantes”. Ainda há demasiados médicos que receitam este tipo de fármaco para simples dores de garganta.


 Portugueses continuam a achar erradamente que uma simples gripe se cura com antibiótico

Para avaliar se os médicos prescrevem antibióticos desnecessários e se as farmácias os vendem sem receita médica, colaboradores da Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor visitaram 120 estabelecimentos ao acaso na Grande Lisboa e no Grande Porto, queixando-se de uma mera dor de garganta. Em 50 médicos, 21 receitaram um antibiótico, já nas farmácias apenas uma vendeu este fármaco sem a receita médica obrigatória.

Todos os colaboradores da Deco foram previamente avaliados para garantir a ausência deste tipo de problemas. Se questionados pelo profissional, os colaboradores diziam que não apresentavam febre nem outros sintomas, excepto um ligeiro incómodo ao engolir.

 
Nas 50 consultas, os médicos observaram a garganta e procuraram inteirar-se dos sintomas. Em 20 casos receitaram de imediato um antibiótico. Nos restantes 30, os “doentes” perguntaram, sem insistir, se não seria melhor tomar um daqueles fármacos. Um recebeu a prescrição com indicação de que só deveria usá-lo se piorasse, tivesse febre e pontos brancos na garganta, relata a revista da Deco Proteste, que fornece a lista das unidades de saúde, na sua esmagadora maioria do sector privado, onde as consultas tiveram lugar.

Nas farmácias, “a situação é menos inquietante”, avalia a Deco: “Pedimos um antibiótico sem receita médica em 70 estabelecimentos e só a Farmácia Faria, de Matosinhos, o dispensou.” Nos restantes, recomendaram sobretudo analgésicos e anti-inflamatórios. Cerca de metade dos profissionais alertaram ainda para a necessidade de consultar o médico, se o estado de saúde se agravasse.


Num estudo idêntico que a Deco publicou em 2007, a venda de antibióticos nas farmácias, na Grande Lisboa e no Grande Porto, rondava os 12%, uma proporção bastante superior à agora detectada, que não ultrapassa 1%. A prescrição médica também diminuiu: há sete anos, 57% dos médicos receitaram antibióticos para a dor de garganta; no presente estudo, 42% tiveram a mesma atitude.


O uso incorrecto e desregrado de antibióticos, como o que sugere este inquérito, tem contribuído para aumentar a resistência das bactérias, uma situação que actualmente é considerada um grave problema de saúde pública, tendo, também em Portugal, sido criado uma estratégia de saúde só para esse efeito. No Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e Resistências aos Antimicrobianos explica-se que os antibióticos vieram revolucionar, a partir da década de 1940, o tratamento dos doentes com infecções, contribuindo para a redução da mortalidade. Mas que o seu uso, frequentemente inadequado, promoveu a emergência e selecção de bactérias resistentes e multirresistentes. Assim, o antibiótico passou a estar ameaçado de perda de eficácia, que se poderá traduzir em enorme retrocesso na história da medicina.


As infecções resistentes aos antibióticos matam 25 mil pessoas na União Europeia todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Apesar das várias campanhas a alertar para os perigos do abuso do consumo de antibióticos e para a importância de estes medicamentos serem utilizados apenas com prescrição médica, muitos mitos continuam a persistir entre os portugueses: 69% dos inquiridos, num inquérito sobre este tema realizado pelo Eurobarómetro (organismo de estatísticas da União Europeia) no ano passado, continuam a acreditar que os antibióticos servem para matar vírus, quando apenas se destinam ao combate de bactérias que, estão, por exemplo, na origem das pneumonias, e 61% acham que são indicados para o tratamento de simples constipações e gripes, quando nestas situações são completamente ineficazes.


Sitiografia: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/em-50-medicos-20-prescreveram-antibioticos-sem-ser-necessario-1635258

Nova vacina para o vírus de Ébola funciona em chimpanzés

Unidade 3 - Imunidade e controlo de doenças

Concebida para humanos, vacina revelou-se eficaz em chimpanzés. Cientistas receiam que fim de centros nos EUA onde se fazem testes biomédicos em chimpanzés impossibilite vacinas para estes animais.


Um artigo científico de 2006 na revista da Science mostra a dimensão de um problema pouco conhecido na conservação dos grandes símios: “Surto de Ébola matou 5000 gorilas.” Há muitas doenças que saltam entre espécies. As novas doenças que aparecem nos humanos podem provir das aves, dos porcos ou dos morcegos. Mas o inverso também acontece. Os humanos são um reservatório de doenças que podem saltar para outros animais e contribuir para a extinção dos chimpanzés ou gorilas, como é o caso do vírus do Ébola. Agora, uma equipa de cientistas demonstrou a eficácia de uma vacina contra este vírus nos chimpanzés.
 
A vacina foi desenvolvida primeiro para humanos, mas não obteve autorização para ser testada em pessoas. E foi aproveitada por uma equipa de cientistas liderados por Peter Walsh, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que a testou com sucesso em seis chimpanzés. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences dos Estados Unidos (PNAS). A equipa defende ainda a necessidade de manter centros de investigação com chimpanzés para se desenvolverem vacinas que protejam os animais de outras doenças.


Virus da herpes é removido pela primeira vez da corrente sanguínea

Unidade 3 - imunidade e controlo de doenças
Herpes é o nome de um conjunto de vírus de DNA altamente contagioso e que pode causar inúmeras infeções durante a vida de uma pessoa. Ainda que o vírus não possa ser completamente curado, existem diversos tratamentos anti-virais que colocam o vírus em estado dormente. Contudo, pela primeira vez, foiremovido da corrente sanguínea o vírus da herpes.
Um dos tipos mais comuns do vírus do herpes é o citomegalovírus (CMV), que se estima estar presente em 65% da população mundial. Ainda que este vírus não mate, reduz a expetativa de vida em 3,7 anos e pode mesmo causar cegueira.
Em fase dormente, este vírus expressa vários genes, como o UL138. De modo a perceber o que este gene fazia, investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, cultivaram-no com células humanas saudáveis na presença de aminoácidos.  
Com o estudo, os cientistas perceberam que o citomegalovírus diminuía a produção de uma proteína conhecida como MRP1, que bombeia elementos químicos para fora das células. Um desses elementos é a vincristina, uma substância utilizada no tratamento da leucemia e do cancro do pulmão e da pele.
A equipa utilizou então a vincristina para tratar o citomegalovírus. O que aconteceu? O vírus diminui em grande escala, chegando mesmo a desaparecer da corrente sanguínea de alguns pacientes.
Infelizmente, a vincristina tem efeitos secundários graves e, por isso, não deve vir a ser utilizada para acabar com esta estirpe da herpes.

Sitiografia: http://querosaber.sapo.pt/ciencia/virus-da-herpes-e-removido-pela-primeira-vez-da-corrente-sanguinea

Vírus gigante regressa ao ativo em forma de “zombie”

Unidade 3 - imunidade e controlo de doenças

Gigante em tamanho, zombie por estar adormecido há quase 30 mil anos. Congelado no norte da Rússia há mais de 30 mil anos, este é o maior vírus alguma vez descoberto.
Agora “descongelado”, depois de um salto milenar no tempo, o vírus ainda está ativo. Os cientistas chamam a este vírus zombie de Pithovirus sibericum.
A bióloga Eugene Koonin, do National Center for Biotechnology Information em Bethesda, Estados Unidos, refere que este vírus “é algo diferente dos vírus gigantes que já conhecemos”.
Apesar de a palavra “vírus” causar pânico devido à relação que se faz com algumas doenças perigosas, este gigante é quase inofensivo aos humanos, afetando apenas outros seres unicelulares conhecidos como amoebas.
O mega-vírus, descoberto pelos biólogos Jean-Michel Claverie e Chantal Abergel, da Universidade Aix-Marseille, em França, é 15 vezes maior que o vírus da SIDA.
Segundo diz o site Student Science, a descoberta do Pithovirus Sibericum foi quase acidental enquanto os dois biólogos estudavam um solo pergelissolo com amoebas. Quando estes seres uniceluares morreram, Claverie e Abergel foram à procura da causa e, assim, encontraram o mega-vírus.
Com esta descoberta, os cientistas não fazem ideia do tamanho que os vírus podem alcançar e estão empolgados pela possibilidade de encontrar algo maior “amanhã”.
Vírus gigante regressa ao ativo em forma de “zombie”

Sitiografia :http://querosaber.sapo.pt/ciencia/virus-gigante-volta-em-forma-de-zombie

Peste negra na Europa matou 60 milhões e alterou também sistema imunitário europeu

Peste negra matou 60 milhões de pessoas em todo o mundo e mudou o nosso ADN

Unidade 3 - imunidade e controlo de doenças

A peste negra, ou peste bubónica, a pandemia mais mortífera da história da Europa, provocou não só a morte de sessenta milhões de pessoas como também alterou o sistema imunitário dos europeus, concluiu uma investigação divulgada na segunda-feira.

O trabalho, realizado pelos investigadores do Instituto de Biologia Evolutiva da Universidade Pompeu Fabra (UPF-CSIC) e do Radboud University Nijmegen Medical Centre, da Holanda, apurou que as epidemias mortais afetam a configuração do sistema imunológico humano.

Um dos cientistas envolvidos, Hafid Laayouni, explicou, em declarações à Efe, que o objetivo da investigação era “procurar padrões de variação genética que resultem da pressão seletiva de uma doença contagiosa”.

Esta foi a situação que ocorreu na Europa no século XIV, durante o surto de peste, que afetou apenas os habitantes do continente.

O processo de contágio atuou sobre o genoma de dois grupos étnicos que tinham o mesmo ambiente, mas diferiam na sua bagagem genética: os romenos e os ciganos.

Os ciganos, provenientes do norte da Índia, instalaram-se na Europa há apenas mil anos.

Na primeira parte do estudo, os investigadores analisaram o ADN de cem pessoas de origem romena e outros tantos ciganos e compararam-nos com os de 500 habitantes do noroeste da Índia.

Ao comparar as três populações, os cientistas constataram que os três genes de tipo Toll, “próprio do sistema imunitário”, tinham evoluído de forma similar nos romenos e ciganos, mas não nos habitantes da região da Índia, onde não chegou a peste.

“É um bom exemplo de evolução convergente, em que as populações de origens distintas têm a mesma adaptação, quando submetidas às mesmas pressões ambientais, neste caso, ao efeito da epidemia de peste”, acrescentou.

A segunda parte da investigação, realizada por cientistas holandeses, consistiu num estudo imunológico “para ver se estes genes estavam relacionados com uma das pressões seletivas mais importantes que existiram na história da Europa: a praga da peste negra”.

Para tal, os cientistas extraíram sangue de 101 pessoas de ascendência europeia e expuseram essas amostras à bactéria que causou a peste negra, a ‘Yersenia pestis’, para ver se havia resposta imunitária.

“Vimos então um aumento das citoquinas no sangue, o que quer dizer uma resposta imunitária, que nos diz que estes genes estão a responder”, e que, portanto, os padrões de seleção encontrados poderiam ter sido o resultado deste agente infecioso.

O estudo demonstra, garantem os cientistas, que a peste negra teve um papel importante na mudança genética dos europeus, o que veio a constituir um fator muito importante na história da humanidade e na resposta a infeções emergentes.

Sitiografia :http://saude.sapo.pt/noticias/saude-medicina/peste-negra-na-europa-matou-60-milhoes-e-alterou-tambem-sistema-imunitario-europeu.html?pagina=2

Identificados anticorpos contra coronavírus da Síndrome Respiratória

Unidade 3 - imunidade e controlo de doenças

Resumo: Investigadores norte-americanos identificaram anticorpos humanos eficazes contra o coronavírus da Síndrome Respiratória  abrindo a via a possíveis tratamentos contra a doença infeciosa, muitas vezes mortal. Não existe, neste momento, qualquer vacina ou antivírus contra a síndrome, uma infeção aguda nas vias respiratórias com uma elevada taxa de mortalidade. Os anticorpos isolados por investigadores do Instituto do Cancro, em Boston, neutralizaram uma parte chave do vírus, impedindo que se ligasse a recetores que permitissem a infeção de células humanas.

Sitiografia: http://www.tvi24.iol.pt/503/tecnologia/coronavirus-sindrome-respiratoria-anticorpos-investigacao-dana-farber-tvi24/1552937-4069.html

Vacina em teste aprisiona parasita da malária em glóbulos vermelhos

Unidade 3 - imunidade e controlo de doenças

Resumo: Cientistas que estudam uma vacina contra a malária, que mata uma criança por minuto na África, desenvolveram uma nova e promissora abordagem que pretende aprisionar os parasitas que causam a doença nos glóbulos vermelhos que infetam.
Usando amostras de sangue e dados epidemológicos recolhidos de centenas de crianças na Tanzânia, onde a malária é predominante, os estudiosos isolaram uma proteína, chamada PfSEA-1, que os parasitas precisam para escapar de dentro dos glóbulos vermelhos que infetam quando causam malária. Posteriormente, os cientistas descobriram que os anticorpos enviados pelo sistema imunitário do corpo para agir contra a proteína conseguiram aprisionar os parasitas dentro dos glóbulos vermelhos, impedindo a progressão da doença.
Sitiografia: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/05/vacina-em-teste-aprisiona-parasita-da-malaria-em-globulos-vermelhos.html

Cientistas alteram glóbulos brancos para destruir um tipo de leucemia aguda

Unidade 3 - imunidade e controlo de doenças

Resumo: Cientistas utilizaram técnicas de engenharia genética para modificar células do sistema imunitário de pacientes com Leucemia aguda por forma a que estas conseguissem destruir células cancerosas. Estes estudiosos, procederam de forma a que os linfócitos T, tipos de glóbulos brancos, ganhassem recetores artificiais e passassem a reconhecer células cancerosas como seu "inimigo"
Esta técnica foi testada em cinco adultos, sendo que um deles teve as células cancerosas reduzidas tão rapidamente que, em oito dias, tinham quase desaparecido. Segundo a reportagem da revista Nova Iorquina “New York Times”, o método é experimental e não funcionou em todos os pacientes. Três dos cinco conseguiram manter-se em estado de remissão por períodos que vão de 5 a 24 meses. Um outro paciente morreu por motivo alheio ao câncro e o último não apresentou a reação esperada ao tratamento.

Sitiografia: 
http://www.abrale.org.br/noticia/cientistas-alteram-globulos-brancos-para-destruir-tipo-de-leucemia-aguda